lundi 24 septembre 2012

Minhas primeiras impressões de francesa sobre o Brasil



20/08/2012

Antes da minha primeira viagem ao Brasil, no verão de 2009, eu já sabia exatamente do que eu precisava, e que eu iria encontrar lá. Após começar meu novo trabalho, um cargo muito cansativo e estressante, eu precisava de férias brasileiras.
Eu preparei minha mala, pronta para três semanas com minha amiga brasileira, Aline.
Eu estava pronta para ficar todos dias na praia. Eu estava pronta para sair de mini biquini  na praia. Eu estava pronta para jogar vôlei de praia. Eu estava pronta para dançar o samba todas as noites. Eu estava ansiosa por uma manicure perfeita. Eu estava pronta para beber água de coco, cachaça e caipirinha o dia inteiro. Eu estava pronta para cantar  bossa-nova durante todo o dia. Eu estava hiper pronta!!!!
Então, depois de 24 horas de viagem, eu cheguei na casa do Doutor Celso Cordeiro, em Ipatinga. Ipatinga é em  Minas Gerais, a região das minas gerais, bem longe do mar. Ipatinga é uma cidade construída em torno duma floresta. A floresta é plantada em torno de uma grande fábrica. Uma fábrica muito grande. Eu cheguei numa cidade mineira! Numa cidade mineira e mineira. Eu descobri lá que qualquer coisa que é mineira, é maneira!
Imaginem...
Além de ter uma casa linda, com toalhas bordadas e lençóis bordados, o Doutor Celso Cordeiro tinha uma churrasqueira no quintal. Ele tinha Skol e Bohemia geladas na geladeira.
Nessa casa, cada membro da família estava em uma dieta personalizada. E por isso que havia comida mineira diversificada: arroz, feijão tropeiro, porco, galinha, com abóbora, milho,  couve e muitos pratos ricos em sabor e cor. Nessa casa tinha queijo mineiro à vontade. Eu lembro da mamão com queijo e café da manhã. Eu lembro dos lanches com queijo mineiro, presunto, roscas, bolos e frutas...à vontade.
Um dia, o Doutor Celso Cordeiro nos levou no interior, no sertão mineiro, na casa da mãe dele, Dona Palmira. Durante a viagem de carro, eu vi as paisagens maravilhosas de montanha, de plantações de café. Nós visitamos Ouro Preto e Mariana.  Comemos em um restaurante por quilo, com comida mineira muito gostosa. Eu comprei jóias de topazio, que eu ia usar no meu casamento.
Durante esta viagem, nos escutamos sertanejo, só sertanejo universitário. Minha amiga ficou fã de sertanejo universitário.
Chegando em Guimarania, um lugar bem no fim do mundo, eu descobri um Brasil bem diferente do qual eu imaginava. O tempo passa lentamente lá, no ritmo do trabalho agrícola. Às cinco horas da tarde, os mineiros, os vaqueiros voltam a cavalo do trabalho. O tempo passa no ritmo da igreja também. Eu nunca tinha visto tantas pessoas numa igreja...Eu fiz novas amizades: Zezé, Tia Maria-Augusta, Tia Reca, Dona Palmira. Nós conversamos muito de Deus, de Nossa Senhora e de alguns santos, fazendo crochê. Eu conheciei o Padre Gualter, bem feliz de conversar em francês comigo. Ele me convidou a cantar no dia da festa local, na primera parte do show de três irmãs cegas.
Lá, eu fiz as unhas mais perfeitas e mais baratas do mundo. No último dia, o primo da Aline, Marcus, nos levou à cachoeira. Marcus é um cowboy. Além do chapéu de cowboy, além do cavalo, além da camisa bem aberta no peito, ele tinha uma faca nas botas. Voltando da cachoiera, ele parou num botequim no fundo duma plantação, para experimentar algumas cachaças. Demorou algumas horas.
O que eu descobri do Brasil, é que é um pais enorme, com regiões muito diferentes, com tradições diversificadas. Ainda que eu conheça outras coisas do Brasil, eu posso confirmar que, além da cerveja, do arroz e do feijão, a manicure é o elemento unificador em todo o pais.
 A Dona Palmira, aquela me fiz adorar o Brasil, aquela me transmitiu força e alegria, faleceu no dia 12 de setembro 2012, em Guimarania.

Aucun commentaire:

Enregistrer un commentaire

Remarque : Seul un membre de ce blog est autorisé à enregistrer un commentaire.