mercredi 3 octobre 2012

Antes de viajar para a França, aprendem as "palavras mágicas"!

O número de brasileiros que estão planejando uma viagem à França está crescendo; eu encontro exemplos assim todos os dias! Os brasileiros gostam muito da França: da nossa cultura, das nossas paisagens e da nossa gastronomia... Mas os brasileiros não escondem a sua decepção com os modos dos franceses: grosseria, falta de disponibilidade, personalidade difícil!
Para evitar esta situação desagradável para os nossos futuros visitantes brasileiros, quero dar alguns conselhos... para um melhor conhecimento do povo francês! Eles, assim, permitirão que os turistas evitem mal-entendidos e situações embaraçosas e, especialmente, estabeleçam contatos harmoniosos com os franceses, que assim podem dar o melhor de si!

A primeira coisa a saber é que, se há um jeitinho brasileiro, também há um jeitinho francês: savoir-vivre, étiquette, politesse, courtoisie, bonnes manières.

Então, temos que entender que as reações grosseiras do "Français moyen" podem ser explicadas (em parte) pelo elemento de surpresa diante de um interlocutor que não dominar esse jeitinho.

Primeiro, vou dar o meu próprio exemplo, de francesa vivendo no Brasil. Houve várias situações em que eu me senti "ofendida".  Por exemplo, quando alguém me aborda na rua (para pedir o tempo, perguntando por direções... ou pedir o meu voto nas próximas eleições!) e ele me fez a pergunta sem se apresentar! Isso é muito ruim na França! No primeiro contato tem que se apresentar com o BonjourBonsoir, ou Excusez-moi . Tem que conseguir a atenção do interlocutor antes de fazer uma pergunta.

Outra situação que me chocou: ao entrar em uma loja, eu mantive meu hábito francês de dar um Bonjour geral. Mas aqui em Vitória, isso parece ser visto como uma atitude curiosa, bizarra ou suspeita! Eu tive a desagradável surpresa de ver olhos assustados quando entrei!

Finalmente, o último pequeno contraexemplo: para a maioria dos franceses, o hábito brasileiro de dizer "Tem que marcar, Vamos marcar", sem ação concreta, ou o seu corolário "Preciso desmarcar" pode ​​ser visto como uma verdadeira falta de savoir-vivre, ou, pelo menos, falta de organização! Geralmente (existem muitas exceções!), o povo francês cumpre as promessas e, quando marca alguma coisa, considera que ela está confirmada. É um compromisso que as pessoas devem então garantir. (Aqui eu já estou acostumada com isso... tudo bem!)

Você também devem saber que os maiores escritores franceses e filósofos têm refletido sobre as regras de etiqueta, cortesia, ao ponto em que elas se confundem com o refinamento do espírito francês.
Ouça Montaigne dizer "A polidez é uma qualidade mais rara e requintada, não é apenas as formas apresentadas, mas também o grau de inteligência e delicadeza da Corte, que exige a síntese da natureza e da arte, é uma conquista que ainda tem caráter individual."
Para Montesquieu, a polidez é um componente da educação e que ela se liga ao fato de "que os homens nasceram para viver juntos, também nasceram para se agradar." E La Bruyère: "polidez põe para fora o que homem é por dentro."
Aqui estão algumas regras que devem impedir que os viajantes brasileiros encontrem franceses grosseiros!

  • No telefone, na rua, no restaurante, numa loja... em todas as circunstâncias, há "palavras mágicas" que você pode estar à vontade para usar e abusar: Bonjour Madame, Bonsoir, Excusez-moi, Je suis désolé, Pardon, Merci, Je vous remercie, Merci, A vous aussi, A bientôt, Bonne journée, Bon week-end, Bonnes vacances, Au revoir…
  • Observem também que se espera que as crianças (a partir de 3 anos de idade!) falem assim também: Bonjour Monsieur, Bonjour Madame, Au revoir Monsieur, Au revoir Madame, Merci Monsieur, Merci Madame… Vocês vão ouvir muitas vezes um pai dizer a sua criança: “Dis bonjour à la dame !”, “Merci qui ?” E pedir desculpas se seu filho não cumprir!
  • Quando entrar num lugar onde há pessoas, mesmo em lojas (padaria, banco...), é costume dizer Bonjour e Au revoir.
  • A pontualidade é um ato essencial da educação na França. Se alguém marca com você um encontro na rua ou em um local público em uma hora específica, você deve chegar a tempo, o máximo que pode ser tolerado é de cinco minutos de atraso, 10 a rigor. Se é um compromisso de negócios, profissional, médico, dentista, é recomendado que você chegue cinco ou dez minutos mais cedo. Se você for convidado para um almoço ou um jantar na casa de alguém, é habitual chegar com dez minutos de atraso. Não mais (se não, tem que avisar).
  • Cuspir na rua é absolutamente proibido, assim como bocejar sem colocar a mão na boca, espirrar alto, fungar e esfregar ostensivamente o nariz com a mão. O francês usa um monte de lencinhos, que ele usa discretamente.
  • Falar ruidosamente com uma pessoa que nos acompanha ou ao telefone também é muito mal visto. Devemos ter muito cuidado com isso no trem e no TGV. Aliás, agora existem os “vagões silenciosos” (“Voiture silence”), onde é proibido telefonar ou falar alto!
  • Geralmente, tem que falar “vous” com uma pessoa não conhecida. Depois, se a relação se torna mais próxima, pode falar “tu”. Mas é sempre melhor pedir permissão: "On peut se tutoyer ?" . No entanto, com a família, amigos, colegas, entre os jovens, os Franceses usam o “Tu”. O importante é não haver desequilíbrio: o "Tu" ou "Vous" devem ser recíproco. É melhor "vouvoyer" durante muito tempo uma pessoa que usar o “tu” cedo demais, porque um “tu” precipitado poderia ser visto como familiaridade e desrespeito de boas práticas.
  • A crença religiosa pertence estritamente à esfera privada! Portanto, não é costume falar abertamente sobre religião com pessoas que não são intimas!

No entanto, uma vez que vocês conheçam essas formalidades, vocês sabem que o temperamento brasileiro alegre, positivo, espontâneo, é sempre bem-vindo na França... Os franceses e os brasileiros compartilham o mesmo gosto de reuniões, refeições, simpatia e generosidade para com os amigos! Brasileiros e franceses são feitos uns para os outros e, muitas vezes, a comunicação corre indo muito bem! Mas o mais importante: não se esqueçam das palavras mágicas!

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